quinta-feira, 25 de junho de 2009

O Rei do Pop

Michael Jackson: 1958 - 2009

É, eu sei que abandonei completamente esse blog. E justo quando eu estava com algumas idéias para serem postadas por aqui.
Mas a vida é algo que nos desconcerta o tempo todo. E aquilo que hoje temos como certo amanhã pode já não ser.
Isso não é um pedido de desculpas ou uma explicação por essa ausência, é apenas uma reflexão.
Assim como é uma reflexão pensar em como as pessoas de hoje, que possuem menos de 30 anos, não tem a menor noção do que foi o fenômeno Michael Jackson para as pessoas da minha geração. Gostando dele ou não, é fato que o cenário pop atual é um reflexo direto dos efeitos do sucesso estrondoso que Michael Jackson fez durante a sua carreira.
Por mais estranhas que tenham sido suas atitudes, por mais bizarra que tenha se tornado sua aparência, por mais mal contada que tenha sido a sua história pessoal, o que eu prefiro me lembrar é de como toda uma geração não se cansava de ver seus espetaculares números musicais e imitar seus passos de dança. Sua presença de palco era incrivelmente poderosa. E sua voz até hoje é inigualável.
Lembro de quando ele fez seus shows aqui no Brasil, quando se deu o atropelamento de um de seus "fãs". Não fui até o estádio assisti-lo, mas vi o show na televisão. Tudo aquilo parecia um imenso videoclipe, igual aos que se via nos programas da TV, só que o vivo. Mesmo sem motivos para achar isso, imaginei que ele nunca mais voltaria ao país para uma apresentação como aquela. Acertei em partes.
Quando Thriller foi mostrado pela primeira vez, foi um evento tão importante na história da cultura pop mundial que se tornou uma espécie de referência até os dias de hoje. Afinal, quem ainda não viu o vídeo dos prisioneiros filipinos dançando ao som de Thriller?

Lembro da Globo ter reservado um espaço do Fantástico apenas para exibir em primeira mão o videoclip de Black or White. Não a versão editada, que ficou em voga durante longos anos, e sim a versão completa, com direito a transformação de Michael Jackson em uma pantera negra e destruição de vidros e carros com mensagens racistas - reza a lenda que muitas pessoas acharam essa parte do clipe violenta demais, mas eu particularmente gostei.
Michael Jackson, assim como a atriz Farrah Fawcett - também falecida hoje - e o ator David Carradine, morto recentemente, eram lendas vivas, e nunca serão substituidas. Assim como eu afirmei no começo do texto, as pessoas mais jovens podem até achar um exagero a cobertura que a mídia sempre deu para Michael Jackson, mas mal tem noção do impacto que suas músicas e sua presença tiveram em nossas vidas. Mais do que isso, é um pedaço de nossa história que vai ficando para trás, mas que permanecerá eternamente em nossos pensamentos pela alegria que trouxe às nossas vidas.
Deus o abençoe, Michael.